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Você precisa conhecer a OKBR

Em pleno 2022 e eu virei embaixador! Quem diria, né?

Dia 19 de julho, participei da primeira reunião com a Open Knowledge Brasil sobre o projeto de embaixadores da Inovação Cívica. O objetivo é contribuir com a comunidade de tecnologias abertas e ser propositivo, trata-se de uma rede colaborativa que propõe iniciativas, eventos locais, documentação de processos civis, entre outras atividades.

O perfil dos embaixadores você pode conferir aqui, é uma excelente rede para networking e aprendizado, acredite.

Pensando em compartilhar sobre essa experiência, tomei a liberdade de resumir um pouco o que é a organização. Acredito que com exemplo de vivência fique mais pessoal e gere identificação, aos poucos pretendo escrever mais textos como esse.

Quem sabe você também não tope apoiar?

SPOILER: durante os textos eu falo da Escola de Dados, mas vou deixar aqui dois cursos que estão com inscrições abertas e garantir que você vai visualizar, são eles: Python para inovação cívica 2022-1 e Publicadores gerenciado dados abertos com o CKAN.

Tá, mas o que é a OKBR?

A Open Knowledge Brasil, também pode ser chamada de Rede pelo Conhecimento Livre, trata-se de uma Organização da Sociedade Civil (OSC) sem fins lucrativos e apartidária*.

Obs*: Parece complexo, eu sei, mas não é!

Como funciona?

Atualmente atua em quatro grandes frentes: Advocacy e pesquisa, Inovação Cívica, Escola de Dados e Prestação de Serviços. Pensando em exemplificar cada um deles, logo abaixo descrevi cada uma das frentes com exemplos práticos e seus objetivos

Advocacy e pesquisa: resumidamente possui o objetivo de propor transparência pública, mas com instrumentos que garantam a participação democrática. Nesse sentido são produzidas pesquisas, articulações e ações que promovam o compromisso de governos mais abertos ao diálogo.

Exemplo dessa atuação é o Monitor da Infraestrutura Nacional de Dados Abertos (INDA), trata-se de um monitor proposto pela OKBR para garantir que o plano de ação proposto pelo próprio Governo Federal será cumprido. O plano de 2021 e 2022 foi divulgado em abril de 2021, mas como acompanhar, garantir que ele foi executado da melhor maneira e propor melhorias para os próximos? Essa é uma das propostas da OKBR.

Outro exemplo de Advocacy e pesquisa é o projeto Transparência COVID-19 3.0 - Dados abertos podem salvar vidas. Em março 2020, eram escassas as informações sobre a pandemia e o vírus, mas compreendendo a necessidade de transparência pública, a iniciativa surgiu com a finalidade de estabelecer diálogos com setores públicos para qualificar o debate sobre a COVID-19. O objetivo inicial era estabelecer padrões mínimos de transparência sobre o contágio e a infraestrutura de saúde necessária para conter a doença, mas com o tempo o projeto ganhou profundidade e mexeu com estruturas internas do setor público. Para saber mais sobre o histórico do projeto, acesse o relatório.

Outros projetos: Sorria #EstamosVigiando, Open Data Day , Open Data Index entre outros projetos que você pode acessar aqui

Inovação cívica: para a OKBR a tecnologia pode e deve ser uma aliada para o controle social e diálogo com o governo.

Essa definição foi breve e está no site, mas aqui a minha contribuição é pensar em uma perspectiva de quem não está familiarizado com a complexidade da programação em sua essência. Ao acompanhar o trabalho da OKBR em projetos como o Serenata de Amor é visível que a tecnologia é um meio, mas não um fim.

Por exemplo, a Operação analisa e identifica suspeitas em gastos de deputados federais em exercício de sua função. A programaação foi o começo, mas depois foram feitas matérias, desdobramentos, discussões que geraram impacto no debate público. Ficou curioso? Você pode acompanhar o trabalho da Rosie, robô da Operação Serenata de Amor e responsável por identificar gastos suspeitos, tudo isso através do Twitter. É quase impossível você não lembrar do nome desse projeto, mas tudo bem.

Outros projetos: Querido Diário, Parlametria, Justa, Queremos Saber, Perfil Político, Vítimas da intolerância, entre outras iniciativas que você pode ver aqui

Escola de dados: “é uma rede global comprometida com o avanço do uso de dados para resolver problemas reais em benefício de sociedades mais conscientes, sustentáveis e justas.”

Essa definição eu também retirei do site da própria OKBR e o nome é bem explicativo, mas o diferencial é que parte do conteúdo é aberto. São diversos professores extremamente didáticos e que disponibilizaram uma série de tutoriais que podem ser consumidos por quem está começando na área, depois existem cursos mais aprofundados, mas o material gratuito é EXCELENTE.

Cursos com inscrições abertas: Python para inovação cívica 2022-1 e Publicadores gerenciado dados abertos com o CKAN

Prestação de serviços: “Construímos tecnologias, realizamos capacitações sob medida e produzimos avaliações e diagnósticos para apoiar governos e organizações comprometidas com transparência, integridade e inovação aberta.”

Entre os serviços oferecidos estão: capacitações, ciência de dados, desenvolvimento de tecnologia aberta, publicação de dados abertos e pesquisa. Essa série de serviços se misturam com as competências dos profissionais envolvidos.

Organizações que já contrataram cursos ou serviços da Open Knowledge Brasil: Agência Pública, Folha de S.Paulo, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Observatório de Favelas, Jusbrasil, Knight Center for Journalism in the Americas, entre outras listadas no site.

Esse é um breve resumo do que eu percebi e compreendi até agora, conforme o tempo for passando eu pretendo escrever mais sobre o assunto. Tecnologia e comunicação são duas áreas em que eu acredito, por isso vejo propósito em fazer parte de projetos da OKBR.

Espero que você tenha gostado do conteúdo, compartilhe ou pergunte caso tenha dúvidas. Acredito que o LinkedIn não precisa ser só sobre negócios, mas também sobre aprendizados.

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